Teste Ergométrico: o que é, preparo, indicações e como funciona

O teste ergométrico, também conhecido como teste de exercícios, é o exame médico que verifica as respostas clínica, hemodinâmica, autonômica, eletrocardiográfica, metabólica e eventualmente ventilatória do paciente submetido a uma atividade que requer esforço físico em uma esteira ou cicloergômetro.

A combinação dos resultados colhidos no teste ergométrico permite o diagnóstico de doenças cardiovasculares, além de acompanhar resultados de tratamentos, avaliar a capacidade funcional e condição aeróbica de atletas, entre outros. Para tanto, equipamentos são acoplados no paciente para monitorar como a pressão arterial e a frequência cardíaca se comportam durante os exercícios.

Confira a seguir quais as indicações para este exame, o passo a passo de como deve ser feito, que tipo de orientações o profissional da medicina deve passar ao paciente e a que parâmetros deve estar atento. Veja também como é possível otimizar recursos e ter maior facilidade de acesso a especialistas em laudos deste exame por meio da telemedicina.

Quais doenças o teste ergométrico detecta

A médica cardiologista Ana Rachel Zollner explica que o teste ergométrico avalia a função cardiorrespiratória e o comportamento do sistema cardiocirculatório durante o esforço físico. Ele verifica se há presença de arritmias, anormalidades da pressão arterial, surgimento de sopros, falência do ventrículo esquerdo e é capaz de detectar isquemia miocárdica.

Serve também para avaliação da capacidade funcional e acompanhamento da evolução e prognóstico de doenças cardíacas já diagnosticadas. De acordo com diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), por meio deste exame é possível:

  • Detectar isquemia miocárdica;
  • Reconhecer arritmias cardíacas e distúrbios hemodinâmicos induzidos pelo esforço;
  • Avaliar a capacidade funcional e a condição aeróbica de atletas ou pessoas que precisam medir o seu condicionamento físico;
  • Diagnosticar e estabelecer o prognóstico de determinadas doenças cardiovasculares;
  • Prescrever exercício;
  • Avaliar objetivamente os resultados de intervenções terapêuticas;
  • Demonstrar ao paciente e aos seus familiares as suas reais condições físicas e fornecer dados para perícia médica.

Segundo Ana Rachel, o exame traz mais evidências quando recomendado a pacientes com probabilidade intermediária (acima de 40 anos com dor torácica típica ou atípica), diabéticos e assintomáticos (com mais de 40 anos, no caso dos homens, ou 55, entre as mulheres) que desejam iniciar atividade física ou que ocupam profissões de risco.

Equipamentos para realização do exame ergométrico

O teste ergométrico necessita de uma série de equipamentos com sistemas interligados e conectados a um computador central que faz o controle de toda a operação. Veja quais são os aparelhos necessários, de acordo com a Normatização de técnicas e equipamentos para realização de exames em ergometria.

Ergômetros

Os ergômetros podem ser de dois tipos: esteira rolante ou cicloergômetro. Ambos devem ser, preferencialmente, eletrônicos ou eletromagnéticos para enviar dados de velocidade, inclinação, ciclos, entre outros, para o sistema de computador central.
As esteiras costumam ser o tipo de ergômetro mais utilizado, embora tenham custo mais elevado. Elas precisam cumprir alguns requisitos obrigatórios, como ter capacidade para pacientes de até 157,5 quilos, oferecer programação automática de velocidade, inclinação e uma plataforma de, no mínimo, 127 cm de comprimento e 40.64 cm de largura.

Já o cicloergômetro é uma alternativa para realização do teste em pacientes com limitações de locomoção e quando se deseja adquirir ecocardiograma ou imagens cintilográficas para estudar a função ventricular. Também é indicado para avaliação de ciclistas. A qualidade do traçado eletrocardiográfico e da medida da pressão arterial tendem a ser melhores neste tipo de aparelho.

Como escolher o tipo de ergômetro

A escolha do tipo de ergômetro a ser utilizado deve ser feita de acordo com a situação de cada paciente e objetivo do exame, levando em conta que a resposta fisiológica é diferente para a esteira e para a bicicleta. O protocolo, a carga e inclinação da esteira variam de paciente para paciente e são aplicadas de acordo com a capacidade do indivíduo, com base na pré-avaliação do médico.

Cicloergômetro de braço

O Cicloergômetro de braço é um aparelho que funciona como alternativa para pacientes paraplégicos ou com dificuldade de locomoção dos membros inferiores. Este tipo de exame pode ser indicado também para trabalhadores que precisam movimentar basicamente os membros superiores durante as atividades.

Monitor de pressão arterial

O aparelho mais recomendado é o manômetro de coluna de mercúrio, que deverá ser colocado na altura do coração do paciente.
Também precisam fazer parte do conjunto de equipamentos para realização do teste ergométrico:

  • Monitor para observação contínua do ECG e avaliação do comportamento da frequência cardíaca;
  • Sistema para registro em papel do traçado eletrocardiográfico;
  • Esfigmomanômetro calibrado;
  • Estetoscópio;
  • Cronômetro (se esse não fizer parte do sistema específico computadorizado);
  • Monitor/ desfibrilador;
  • Carrinho de emergência com medicamentos e materiais a serem utilizados em uma situação de urgência/emergência.

Como toda a execução do teste é controlada por uma central de computador, averiguar a qualidade do software adquirido é tão importante quanto pesquisar sobre a qualidade dos equipamentos utilizados no exame antes de comprá-los.

O programa de computador para o teste ergométrico deve permitir novas configurações e atualizações, oferecer assistência técnica acessível, além de disponibilizar pelo menos os recursos mínimos necessários para a realização de um exame confiável.

 

fonte: portaltelemedicina

Eletroencefalograma: como agilizar o diagnóstico sem perder qualidade

eletroencefalograma com laudo é um exame de extrema importância para detectar doenças e distúrbios cerebrais ou do sistema nervoso central e alterações vasculares que podem colocar o paciente em risco. Ele é bastante requisitado em clínicas médicas de todos os portes. O procedimento é realizado por meio da fixação de eletrodos no couro cabeludo para detecção dos impulsos elétricos cerebrais.

O EEG, como é conhecido, é considerado um exame não invasivo, simples, indolor, sem contraindicações e que pode ser feito em qualquer idade.

Com as inovações tecnológicas, o exame ganhou ainda mais importância. A qualidade das informações captadas tem ajudado no diagnóstico de diversos problemas cerebrais e também contribui para a aplicação de novas técnicas terapêuticas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

Para que o eletroencefalograma com laudo seja eficaz e possibilite um correto tratamento da doença, alguns cuidados são necessários desde o início do procedimento. Veja nesse artigo como é possível otimizar a avaliação e agilizar o diagnóstico e as vantagens de oferecer aos pacientes um exame com laudo de qualidade.

O que é eletroencefalograma com laudo

Eletroencefalograma é o teste que avalia a atividade elétrica do cérebro: pelos impulsos naturalmente gerados pelos neurônios é possível avaliar a normalidade (ou não) do ritmo e da intensidade da atividade cerebral.

Os impulsos elétricos do cérebro são amplificados, captados e registrados por meio de eletrodos, que os enviam para o aparelho de EEG. O exame de eletroencefalograma é divido em três categorias:

  • Eletroencefalograma clínico — principalmente para investigação de queixas relacionadas ao sistema nervoso central, como epilepsia e convulsões;
  • Eletroencefalograma ocupacional — para trabalhadores que irão assumir atividades de risco (motoristas, pilotos de aviões, trabalhadores em altura);
  • Eletroencefalograma com mapeamento cerebral (quantitativo) — inclui o processamento computadorizado dos sinais elétricos do cérebro para investigação de doenças complexas e problemas neurológicos. É mais preciso e com informações de imagem, que ‘desenham’ o local no cérebro atingido com as descargas irregulares.

O que pode ser detectado no eletroencefalograma com laudo?

As principais anormalidades procuradas quando se solicita um eletroencefalograma com laudo são as associadas à epilepsia. Além do diagnóstico destas doenças, o exame também possibilita um acompanhamento posterior, avaliando a resposta ao tratamento e o controle após a retirada da medicação.

A avaliação ainda ajuda na investigação das condições neurológicas que precisam ser diferenciadas da epilepsia, na investigação de problemas na medula espinhal ou sistema nervoso no geral e de alguns distúrbios do sono, além de ser usada durante as cirurgias cerebrais ou enquanto o paciente estiver sob o efeito de anestesia. Algumas das doenças ou distúrbios que podem ser identificados são:

  • Sangramento anormal (hemorragia)
  • Estrutura anormal no cérebro (como um tumor)
  • Morte de algum tecido que bloqueia o fluxo cerebral (pode ser causado por AVC)
  • Abuso de drogas ou álcool
  • Enxaqueca e outros tipos de cefaleia
  • Epilepsia
  • Distúrbios do sono (como narcolepsia)
  • Edema cerebral

Como é feito o exame de eletroencefalograma

EEG é realizado através de eletrodos fixados no couro cabeludo por uma pasta aderente e condutora que capta os sinais elétricos, traduzindo a atividade cerebral.

Geralmente o paciente fica acordado, sentado confortavelmente ou deitado (as posições são pré-definidas e seguem padrões internacionais). Ele deve ficar imóvel, relaxar o máximo que conseguir e, se possível, dormir.

Eletroencefalograma em sono e vigília

Inicialmente é feito um registro da atividade elétrica cerebral com o paciente acordado, mas também deve-se captar os sinais durante a sonolência e o sono — caso seja necessário, o sono será induzido com medicamentos. O registro em todos esses estados aumenta a possibilidade de detecção de anormalidades.

Eletroencefalograma infantil

Embora mais comum em adultos, o eletroencefalograma também pode ser realizado em crianças e até bebês para o monitoramento e investigação, principalmente, de epilepsia e distúrbios da consciência, além de poder indicar se há atrasos no desenvolvimento psicomotor.

Vale ressaltar que o traçado do exame é diferente de acordo com a idade, por isso é importante que estes casos específicos sejam acompanhados por um pediatra ou neurologista com amplo conhecimento técnico sobre o exame.

Quanto tempo dura um eletroencefalograma?

O procedimento dura, em média, 30 minutos, mas pode chegar a 1 hora.

O aparelho de EEG é o responsável por captar as atividades elétricas do cérebro e amplificá-las, elaborando um gráfico das ondulações cerebrais. O aparelho pode ser analógico ou digital.

Se for digital, facilita a realização do eletroencefalograma quantitativo, que usa tecnologia computadorizada e imagens para desenhar um mapa do cérebro e ampliar as possibilidades de diagnóstico.

Cuidados durante o procedimento

O exame deve ser feito por um técnico ou enfermeiro especialista em EEG. A colocação dos eletrodos é primordial. São 23 deles, cada um com espaçamento específico do outro, e todos precisam ser colocados para a transmissão perfeita da atividade elétrica.

Além disso, o monitoramento das condições do paciente durante o procedimento bem como o correto registro de suas atividades anteriores, são imprescindíveis para uma boa captura das atividades elétricas e, por consequência, de um laudo com qualidade.

Antes de realizar o exame, o técnico ou enfermeiro precisa averiguar se o paciente:

  • Praticou atividade física de forma excessiva;
  • Ingeriu medicamentos (saber quais);
  • Fez jejum antes do teste;
  • Ingeriu alimentos ou bebidas com muita cafeína;
  • Tem alguma infecção no couro cabeludo.

Tudo isso pode interferir e até impedir a realização do procedimento e é de inteira responsabilidade do técnico ou enfermeiro levantar essas informações.

Aparelho de eletroencefalograma: como escolher?

Existem diversos tipos de eletroencefalógrafos, alguns até mesmo portáteis. Por ser requisitado na medicina do trabalho para alguns cargos, este exame é comum não só em clínicas, mas também é realizado dentro de grandes empresas que possuem enfermaria própria.

A primeira recomendação na hora de escolher um equipamento é ver se ele é certificado pela Anvisa. Também existem equipamentos analógicos e digitais, sendo que os digitais possuem mais recursos, além da possibilidade de instalação de uma plataforma de telemedicina para conectar o exame com médicos neurologistas para laudar o exame.

Outro ponto importante é ver quantos canais ele dispõe, se tem calibração eletrônica e se tem entrada USB, assim poderá ser utilizado sem necessidade de ligação de energia elétrica, somente com a bateria do notebook.

A Portal Telemedicina trabalha com o Meditron, que além de atender todos esses quesitos, tem um software de fácil usabilidade. Isso é importante porque facilita o manuseio por parte do técnico ou enfermeiro que vai operar o exame.

Outra vantagem é que ele é capaz de armazenar registros de exames internamente, o que possibilita que seja utilizado em locais que esteja sem ou com problemas de sinal de internet.

Como otimizar o exame e agilizar diagnósticos

Já vimos que o eletroencefalograma com laudo é um exame com uma certa complexidade. Por isso, requer cuidados e atenção da clínica com a aparelhagem e os profissionais que irão aplicá-lo.

Para otimizar os procedimentos e dar qualidade ao atendimento, as clínicas médicas já podem contar com algumas soluções inovadoras. Podemos citar a telemedicina com uma das mais importantes nesse quesito.

Fonte: portaltelemedicina

O que é Telemedicina e como funciona?

telemedicina é um processo avançado para monitoramento de pacientes, troca de informações médicas e análise de resultados de diferentes exames. Estes exames são avaliados e entregues de forma digital, dando apoio para a medicina tradicional. A telemedicina já é utilizada em todo mundo, de forma segura e legalizada, estando de acordo com a legislação e as normas médicas. A prática se popularizou mais durante a pandemia de Covid-19, quando o governo brasileiro liberou também as teleconsultas.

Com o uso de tecnologias de informação, que agregam qualidade e velocidade na troca de conhecimento, os médicos podem tomar decisões com maior agilidade e precisão. Por meio da telemedicina, os especialistas conseguem  acessar os exames de qualquer lugar do país, utilizando computadores e dispositivos móveis, como smartphones e tablets conectados à internet.

Neste artigo, vamos falar mais sobre esta tecnologia, seu funcionamento, as vantagens, aplicações e como ela pode auxiliar a medicina em um atendimento mais preciso e humanizado.

O que é telemedicina?

O termo telemedicina tem origem na palavra grega ‘tele’, que significa distância. Também é usada para formar as palavras telefone, televisão etc. Assim, a telemedicina abrange toda a prática médica realizada à distância, independentemente do instrumento utilizado para essa relação. A prática tem origem em Israel e é bastante aplicada nos Estados Unidos, Canadá e países da Europa.

Desde seu início, na década de 1950, a telemedicina mudou e avançou muito. Antes, poucos hospitais utilizavam televisões para chegar a pacientes em locais remotos. Mas com o avanço dos meios de comunicação, o contato entre médico e paciente ou entre os profissionais de saúde ficou mais simples e prático: a relação e a troca de informações foi ampliada com o telefone fixo, depois com os celulares, e se tornou ainda mais rápida com a internet. Computadores, tablets e smartphones facilitam as videoconferências e o avanço da Inteligência Artificial (IA) leva conhecimento ao alcance de todos.

Durante a pandemia de Covid-19, a telemedicina teve avanços significativos não só em termos de legislação, com a liberação de algumas práticas até então não regulamentadas, como a teleconsulta, mas também em relação a aceitação da população e da própria classe médica.

O atendimento médico remoto foi fundamental para desafogar os pronto-atendimentos, fazer o monitoramento de pacientes em isolamento em casa, fazer teleinterconsulta entre médicos intensivistas e médicos clínicos-gerais em UTIs, além de teleinterconsulta para segunda opinião médica em alguns casos, assim como facilitou o acesso a médicos especialistas em regiões remotas.

Inteligência Artificial na medicina

A Inteligência Artificial é considerada uma área de pesquisa que utiliza recursos tecnológicos capazes de gerar mecanismos e/ou dispositivos que consigam reproduzir a capacidade do ser humano de pensar e resolver problemas, ou seja, de ser racional. E a ‘inteligência dos computadores’ ou machine learning aplicada à saúde trouxe inúmeros benefícios. A telemedicina é uma das áreas que avançou bastante com os recursos da inteligência artificial, principalmente na automatização e definição de prioridades médicas, ou casos de urgências.

 

E deve avançar ainda mais: com computadores capazes de armazenar e processar um enorme repertório de dados, é possível cruzar as informações e imagens captadas digitalmente em exames e laudos e transmitidas via telemedicina. Este conhecimento, somado ao histórico dos pacientes, que também já são armazenados digitalmente, podem trazer muitos ganhos a médicos e pacientes na definição de diagnósticos cada vez mais precisos.

Hoje, a telemedicina está inserida em um conceito mais amplo, conhecido mundialmente como eHealth ou “saúde digital”. Segundo a HIMSS – Healthcare Information and Management Systems Society, eHealth é qualquer aplicação da internet utilizada em conjunto com outras tecnologias de informação, focada em prover melhores condições aos processos clínicos, ao tratamento dos pacientes e melhores condições de custeio ao Sistema de Saúde.

O conceito inclui muitas dimensões, que vão desde a entrega de informações clínicas aos parceiros da cadeia de atendimento, passando pelas facilidades de interação entre todos os seus membros, chegando a disponibilização dessa mesma informação nos mais difíceis e remotos lugares.

Dentro do modelo encontra-se um conjunto de ferramentas e serviços capazes de sustentar o atendimento de forma integrada através da Web. Entre elas podemos citar algumas: Prontuário Eletrônico (ePaciente), saúde móvel (mHealth), Big Data, Cloud Computing, Medicina Personalizada, Telemedicina etc.

Fonte: portal telemedicina

O que é exame mapa e como funciona?

A medição isolada da pressão arterial de um paciente revela um pouco sobre o seu estado atual, mas é um dado muito vago para determinar se ele sofre de alguma doença crônica como hipertensão arterial. Para um diagnóstico preciso de como a Pressão Arterial (PA) se comporta em cada indivíduo e quais os riscos de sua variação é recomendada a aplicação do exame de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial, conhecido pela sigla Mapa.

Uma série de fatores, principalmente emocionais, podem contribuir para que o paciente esteja com a PA alta, inclusive o nervosismo com a presença do profissional de saúde ou estresse. Por isso, a importância de um monitoramento contínuo, até mesmo para se identificar se horários de pico de pressão estão relacionados a algum fator externo.

O exame Mapa de pressão arterial pode ser aplicado por um enfermeiro ou técnico em enfermagem treinado para isso e o laudo deve ser emitido por um profissional da medicina com conhecimento técnico sobre o método. A Portal Telemedicina, por exemplo, tem médicos cardiologistas especialistas em laudo de Mapa, que emitem laudo para este exame à distância em até 24 horas.

Confira a seguir quais as recomendações para aplicação deste exame, em que casos é indicado, a que fatores o médico deve estar atento na hora de realizar laudos e de que forma a telemedicina tem contribuído com a qualificação e otimização deste procedimento.

Em que casos o exame Mapa é indicado?

Existem diferentes situações que podem levar o médico a solicitar o exame MAPA, as mais eventuais são para o diagnóstico de algum tipo de hipertensão ou para monitorar se o tratamento ou remédio indicado estão garantindo o efeito esperado.

No caso de busca por um diagnóstico, o profissional fará a solicitação quando tiver algum tipo de suspeita, geralmente com base em alterações constatadas no paciente, que já pode ter registrado pressão arterial acima ou abaixo do recomendado, ou a partir de uma lesão em um órgão-alvo da pressão arterial alta.

De acordo com as diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), as principais indicações para o exame são:

  • Suspeita de hipertensão do jaleco branco (quando a pressão arterial do paciente sobe quando ele está diante de profissionais da área da saúde);
  • Hipertensão resistente;
  • Suspeita de hipertensão mascarada;
  • Avaliação da eficácia do tratamento anti-hipertensivo;
  • Suspeita de hipertensão durante o sono;
  • Avaliação do descenso da pressão arterial durante o sono;
  • Hipertensão na gestação;
  • Avaliação de sintomas;
  • Identificação de possíveis picos de pressão;
  • Identificação de possíveis episódios de hipotensão;
  • Avaliação de episódios de síncope e lipotímia;
  • Avaliação de hipertensos limítrofes;
  • Avaliação de neuropatia autonômica;
  • Avaliação da pressão arterial em idosos;

Identificação de possíveis episódios de hipotensão postural.

O que é espirometria e como funciona?

Conhecida por diferentes nomes, como Prova de Função Pulmonar ou Exame do Sopro, a Espirometria é um exame utilizado para medir a quantidade e o fluxo de ar que entra e sai dos pulmões. O resultado ajuda na análise das condições de ventilação do paciente e alguns casos não podem ser avaliados plenamente sem a realização deste exame complementar. Alterações podem indicar doenças respiratórias como asma ou DPOC.

Existem três situações principais em que o médico solicita o exame de espirometria:

  • Para investigar ou monitorar doenças respiratórias;
  • Para acompanhar o estado de saúde pulmonar de trabalhadores em ambientes que possam comprometê-la;
  • Para avaliar a capacidade pulmonar de atletas.

Na pandemia de covid-19, este exame também passou a ser requisitado para investigar possíveis sequelas pulmonares em pacientes que foram acometidos pela doença.

Com tecnologia de ponta e de fácil manuseio, hoje este equipamento pode ser operado por técnicos de enfermagem ou enfermeiros especializados, mas a recomendação é que os laudos somente sejam emitidos por médicos pneumologistas.

“O laudo de espirometria tem que ser assinado por médico com CRM do Estado onde o exame foi executado”, destaca o médico Marcelo Gervilla Gregório, diretor de defesa profissional da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

A seguir confira todas as informações necessárias para aplicação deste exame, desde as modalidades de espirometria, tipos de aparelho, situações em que é recomendado pedir este exame, como preparar o paciente, parâmetros a serem analisados e como a telemedicina tem revolucionado este serviço ao tornar médicos referência neste mercado acessível a clínicas e hospitais com escassez destes especialistas.

Em que casos o exame de espirometria é indicado?

Existem duas modalidades de espirometria: a clínica e a ocupacional. A primeira é geralmente realizada ou solicitada pelo médico pneumologista para monitorar a evolução clínica de pacientes com doenças respiratórias mediante tratamento ou para diagnosticar o que pode estar por trás de sintomas como tosse, falta de ar, dor no peito ou respiração anormal.

espirometria clínica também pode ser utilizada para o acompanhamento da evolução da capacidade respiratória de atletas e tem sido usada na medicina ligada a mergulhos ou altitudes. O exame de espirometria também pode ser requisitado para avaliar risco cirúrgico respiratório e a capacidade respiratória para fins periciais.

Já a espirometria ocupacional trata de monitorar a saúde respiratória de trabalhadores em atividades insalubres para o aparelho respiratório, como em ambientes onde são expostos a poeira ou produtos químicos, já que estão sujeitos a desenvolver doenças restritivas ou obstrutivas como a fibrose pulmonar.

Esta modalidade requer exames com gráficos mais simples e costuma ser realizada por médicos do trabalho, que devem fazer ou solicitar os exames periodicamente para avaliar a saúde do trabalhador e, caso seja detectado algum tipo de perda, tomar medidas com antecedência. Embora não há lei que proíba médicos do trabalho de emitir laudo para estes exames, a recomendação é que isto seja feito por pneumologistas.

 

Fonte: portaltelemedicina.com.br

Benefícios da atividade física para a saúde

Dentre os benefícios da atividade física está a prevenção de uma série de doenças, inclusive o câncer. Realizar exercícios, especialmente os aeróbicos, faz com que os processos do corpo funcionem de forma melhor, além de também auxiliar no aspecto psicológico. Para que esses efeitos aconteçam, não é necessário procurar uma academia ou passar horas treinando. É possível se exercitar dentro de casa e estudos mostram que, mesmo somente alguns minutos, já trazem resultados.

Ana Paula Oliveira Santos, fisioterapeuta especialista em Oncologia e coordenadora do Comitê de Fisioterapia da ABRALE, conta que a prática regular de atividade física promove o equilíbrio dos níveis de hormônios, reduz o tempo de trânsito gastrointestinal, fortalece o sistema imunológico e ajuda a manter o peso corporal adequado. Dessa forma, melhora dores, condicionamento físico, qualidade do sono, controle do estresse e desempenho cognitivo.

“O corpo humano necessita de movimento, tornando-se fundamental para a saúde praticar atividades, tanto para tratar, quanto para prevenir doenças”, ela diz.

Como consequência da prática, há uma diminuição no desenvolvimento de doenças causadas pelo sedentarismo. Como doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes, hipertensão, insônia e o câncer. Sendo que dos tumores, os estudos já comprovaram que os exercícios previnem, principalmente, os de cólon, endométrio e mama.

Benefícios da atividade física

  • Redução do risco de AVC (acidente vascular cerebral)
  • Diminuição da pressão arterial, reduzindo as chances de doenças cardiovasculares
  • Reduz as chances e controla a diabetes
  • Evita a perda óssea (osteoporose)
  • Ajuda a controlar o peso
  • Melhora da insônia
  • Ajuda na circulação sanguínea
  • Promove o bem-estar físico e mental

Atividade física e prevenção do câncer

Apesar do câncer ser uma doença multifatorial e alguns aspectos não poderem ser controlados, como a predisposição genética, é possível fazer a prevenção por meio de algumas ações. Por exemplo, ter uma alimentação saudável e prática regular de exercícios físicos.

“Diversos fatores estão ligados a essa ação oncoprotetora, entretanto simplificando: a atividade física regular reduz o estresse oxidativo. Isto é, a produção de radicais livres (agentes que podem prejudicar o metabolismo intracelular e ocasionar danos ao DNA e RNA),  lipídios e proteínas. Radicais livres também promovem o mau funcionamento do sistema de reparo do DNA, contribuindo para a proliferação de células com mutações. Ou seja, o desenvolvimento do câncer”, explica a fisioterapeuta.

Além da prevenção, diversos trabalhos também têm apontado que a atividade física pode fazer parte do tratamento oncológico. Por exemplo, um estudo realizado com camundongos que praticaram exercícios demonstrou uma redução de 60% na incidência e no crescimento tumoral.

De acordo com Ana Paula, os mecanismos que geram essa proteção ainda não foram totalmente compreendidos. Entretanto, acredita-se que os exercícios causem alterações hormonais, redução da inflamação sistêmica e melhora da função das células imunológicas.

“Essas respostas têm demonstrado cada vez mais que ele não é apenas saudável, mas também terapêutico. Isso porque potencializa tratamentos antineoplásicos como a quimioterapia e a imunoterapia”, informa.

Meia hora de exercício por dia pode evitar câncer?

Quanto ao tempo necessário para que aconteçam os benefícios da atividade física, o recomendado são 150 minutos semanais. Sendo que eles podem ser divididos em práticas de 20 ou 30 minutos, ou ainda mais de 1h. A duração diária varia de acordo com o condicionamento físico e disponibilidade na agenda da pessoa.

Já em relação ao tipo de atividade, foi provado que os exercícios aeróbicos, com intensidade moderada, são os mais eficazes. “O exercício aeróbico é aquele que usa o oxigênio no processo de geração de energia. Por exemplo, andar, correr, nadar, pedalar e dançar. Entretanto, o mais importante em relação à modalidade, é que essa seja prazerosa para tornar-se um hábito”, Ana Paula ressalta.

Começar uma rotina de exercícios pode parecer difícil. Mas a fisioterapeuta aconselha que o primeiro passo é saber sobre os benefícios da atividade física. Em seguida, vem a escolha de uma modalidade que seja prazerosa. Em terceiro, é preciso criar uma rotina para a prática regular e, com isso, a motivação virá naturalmente, já que a pessoa passará a sentir os resultados em sua saúde.

Devido à pandemia da COVID-19, se exercitar fora de casa pode não ser o mais adequado, especialmente para os pacientes oncológicos. Porém, praticar atividades dentro de casa também gera os mesmos resultados.

“O espaço livre de uma casa, a varanda, quintal, quarto podem ser transformados em ambientes para iniciar uma vida saudável. Podem ser realizados exercícios de alongamento, ganho de força (muitas vezes com objetos do cotidiano), práticas de dança, yoga ou a atividade que for escolhida”, finaliza Ana Paula Oliveira.

Fonte: revista.abrale.org.br

A importância da água no corpo humano: tire todas as suas dúvidas

A importância da água no corpo humano: tire todas as suas dúvidas

Ninguém vive sem água. Ela é indispensável para a vida humana e nosso corpo é composto em sua maior parte por essa substância.

A fórmula é simples: uma molécula de água é feita pela ligação de dois átomos de hidrogênio a um de oxigênio: H20. Ainda assim, são tantos tipos de água no mercado, que, muitas vezes, o consumidor fica confuso.

Para extrair todos os benefícios da hidratação, é essencial garantir que você  esteja consumindo água da forma mais saudável possível. Ou seja: bebendo o líquido puro, aromatizado com frutas, em chás, sucos naturais ou até mesmo por meio de frutas. Entre os benefícios para o corpo, está comprovado que a água:

  • Regula a temperatura corporal
  • Auxilia na desintoxicação do corpo
  • Ajuda na absorção de nutrientes de outros alimentos
  • Deixa a pele mais bonita e hidratada
  • Auxilia no metabolismo celular, contribuindo para o emagrecimento
  • Previne o aparecimento de pedras nos rins
  • Melhora a circulação sanguínea
  • Facilita a digestão de refeições

Água potável

É o tipo de água que podemos consumir e é distribuída através das nossas torneiras. Ela é tratada e suas principais fontes de origem são riachos ou mananciais. Para ser caracterizada como livre de impurezas, a água potável precisa ser captada de uma fonte limpa e ter passado por um processo de tratamento.

Água mineral

É o tipo que possui maior quantidade de minerais em sua composição. Ela pode vir de uma fonte natural, mas as comercializadas podem ser mineralizadas artificialmente ao receberem minérios dissolvidos e outras espécies químicas em seu preparo. A água mineral natural costuma passar por diversos caminhos e regiões profundas.

Água doce

A água doce é encontrada em rios e lagos, mas não pode ser consumida imediatamente. Antes, é preciso passar por um processo de filtragem de bactérias, seja através de fervura ou outro método de tratamento.

Água filtrada

A água filtrada passa por uma série de processos para retirada de sujeiras e impurezas. Todos os tipos de água citados acima podem ser filtrados, o que torna o consumo ainda mais seguro.

O caminho da água no nosso organismo

A água tem sua jornada dentro do corpo humano. Esse caminho começa no momento em que nosso cérebro avisa que precisa de água, quando sentimos sede, e vai desde a ingestão, a partir da boca, até chegar ao intestino delgado, passando pelo esôfago e o estômago.

Nosso corpo não é capaz de armazenar água, portanto, depois do consumo, ela é distribuída por todo o nosso organismo. Um copo d’água leva em torno de 30 a 60 minutos para percorrer todo o seu caminho, deixando um pouco de sua fórmula no sangue, que irá disseminar seus benefícios para todos os órgãos e músculos.

Lembre-se de ficar bem hidratado durante o dia, principalmente se você realiza muitas atividades que mantêm o corpo em movimento e com perda constante de líquidos. Caso contrário, tenha sempre à mão um copo ou uma garrafa de água e beba sempre que sentir sede. Seu corpo agradece e os benefícios serão notados, desde a sua pele até o seu desempenho nos esportes.

Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Fonte: SBN, Unimed, Ministério da Saúde

Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil

A era do cigarro eletrônico: ele faz menos mal para a saúde que o comum?

Eles não soltam fumaça fedida, não causam mau hálito nem espalham bitucas. À primeira vista, os cigarros eletrônicos, também chamados de vaporizadores, são o sonho de consumo de muitos fumantes. Diferentemente da versão de papel, que queima por combustão, o modelo funciona à base de vaporização. O dispositivo contém um líquido que, ao ser aquecido, gera o vapor aspirado e exalado pelo usuário. Segundo os fabricantes, essa seria a razão que torna os eletrônicos menos prejudiciais que os tradicionais. Mas há controvérsias. E a comunidade médica enxerga com preocupação a popularização desse novo jeito de fumar.

Nos Estados Unidos, que contabilizam mais de 9 milhões de vapers, como são conhecidos os adeptos dos dispositivos eletrônicos de fumar (DEFs), uma síndrome respiratória misteriosa já matou 12 usuários em pouco menos de uma mês. No mesmo período, 805 casos foram registrados em 46 dos 50 estados americanos. Mais da metade dos pacientes tem menos de 25 anos e três quartos são homens. Eles costumam chegar ao hospital com dor no peito, dificuldade para respirar e febre alta.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), do governo americano, admite não saber o que está por trás. Suspeita-se que seja o THC, componente psicoativo da maconha, que alguns vapers adicionam ao cartucho com nicotina líquida. Na dúvida, a agência de vigilância sanitária americana, o FDA, recomenda à população evitar, pelo menos por ora, a versão high-tech.

Por medida de segurança, alguns estados, como Michigan e Nova York, já proibiram a venda de modelos com sabor, segmento que representa 80% do total. Outros, como Massachusetts, estenderam a restrição a todo e qualquer dispositivo eletrônico.

Até o momento, nenhum dos 180 países membros da Convenção — Quadro de Controle do Tabaco, da Organização Mundial da Saúde (OMS), relatou casos semelhantes. Pelo sim pelo não, a Índia, o segundo maior consumidor de tabaco do planeta, também barrou a venda dos cigarros eletrônicos.

No Brasil, onde a comercialização desses aparatos é proibida mas eles se mostram cada vez mais acessíveis, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicita a hospitais que notifiquem casos suspeitos de problemas ligados a vaporizadores.

“Embora possam ser menos tóxicos que os cigarros convencionais, não quer dizer que eles sejam inofensivos”, adverte o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevict. “Tampouco existem evidências de que eles ajudem a parar de fumar”, ressalta.

Na contramão das nações que restringem os e-cigarettes, o Reino Unido considera o alerta global alarmista. “Há quem diga que eles podem levar os mais jovens a fumar. Por aqui, pesquisas confirmam que o número de não fumantes que fazem uso de vaporizadores representa menos de 1% da população”, rebate o psicólogo Robert West, da University College London.

Além disso, cientistas britânicos acreditam que vaporizadores ou dispositivos de tabaco aquecido podem ser úteis como estratégia de redução de danos. Segundo um levantamento de 2014, para cada milhão de fumantes que substituem os modelos comuns pelos eletrônicos, mais de 6 mil vidas seriam salvas por ano.

No Brasil, país considerado referência mundial no combate ao tabagismo, o índice de fumantes é de 9,3% da população — há 30 anos, chegou a ser 34,8%. Pelo raciocínio britânico, se os 18,2 milhões de fumantes brasileiros migrassem para o modelo eletrônico, 108 mil vidas seriam salvas por ano. Mas esse cálculo não é tão puro e simples assim. E os médicos têm sérias restrições a ele.

O que o povo anda fumando por aí?

Cigarro comum: é o modelo convencional. Ao ser acendido, o fogo queima as substâncias perigosas à saúde, como nicotina, alcatrão e monóxido de carbono. O mesmo vale para charuto e cachimbo. Todos levam à dependência.

Eletrônico: no lugar da combustão do cigarro comum, o princípio aqui é a vaporização. A dosagem de nicotina varia de acordo com o fabricante. A mais baixa equivale a seis cigarros comuns. A mais alta a 18. Há versões aromatizadas.

Tabaco aquecido: também funciona por vaporização. Mas, em vez de aquecer nicotina líquida, esquenta lâminas de tabaco. Quarenta e oito países, entre eles Canadá, Japão e Alemanha, já comercializam o IQOS.

Inalável e mascável: rapé (tabaco inalável), snus e fumo para mascar são exemplos de produtos de tabaco sem fumaça. Em vez de fumar, o usuário aspira, masca ou suga o tabaco. Todos podem propiciar lesões na boca ou na garganta.

Narguilé: de berço oriental e hoje popular no Brasil, o aparato também se vale da vaporização. De uso coletivo, o “cachimbo d’água” não deixa de oferecer riscos. Uma sessão de 20 a 80 minutos corresponde a fumar 100 cigarros.

Cigarro eletrônico versus comum

Ainda existem poucas pesquisas robustas que investigaram os efeitos do cigarro eletrônico na saúde. Um estudo realizado pela Universidade de Portland, nos EUA, e publicado no periódico The New England Journal of Medicine, revelou que, por causa de uma substância chamada formaldeído, o vapor desses dispositivos pode ser até 15 vezes mais cancerígeno que a fumaça do cigarro.

Outro trabalho americano, da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia, constatou que os vaporizadores podem elevar o risco de infarto e AVC. Entre 2009 e 2016, foram registrados por lá 195 episódios de incêndio ou explosão com e-cigarros.

A dependência de nicotina, mais estudada com o uso dos cigarros convencionais, está ligada a mais de 50 enfermidades, como problemas cardiovasculares, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e diversos tipos de câncer (pulmão, laringe, esôfago, bexiga…).

No ranking das mortes causadas pelo cigarro, doenças do coração ocupam o primeiro lugar, seguidas pela DPOC e, depois, pelo câncer de pulmão. O fumo ainda contribui para impotência sexual, osteoporose, periodontite e catarata, entre outras chateações.

fonte: saude.abril.com.br

Check-up periódico para as mulheres, uma rotina importante

Confira quais exames devem ser realizados em cada fase da vida

A realização de um check-up anual já deve fazer parte da rotina de qualquer mulher após os 18 anos. Porém, muitas mulheres desconhecem a importância da realização de outros exames de acordo com sua faixa etária ou seu estado de saúde.

Dr. Edilson Ogeda, coordenador do Núcleo de Ginecologia, Obstetrícia e Perinatologia do Hospital Samaritano de São Paulo, reforça a importância de toda mulher se preocupar com a promoção da sua saúde e com a prevenção de doenças. Para auxiliá-las, o especialista indica quais exames devem ser realizados em cada fase da vida.

Início do ciclo menstrual até os 30 anos

A partir desta idade, é importante realizar todos os exames de saúde geral para diagnosticar doenças já existentes, porém que podem ainda não ter se manifestado. Problemas do coração e da tireóide hipertensão e diabetes podem ser alguns exemplos.

– Exames gerais: Hemograma (análise geral do sangue), glicemia de jejum, ureia e creatinina (função renal), colesterol total e triglicerídeos, função tireoideana, urina e parasitológico de fezes, eletrocardiograma de repouso, teste ergométrico e ecocardiograma.

– Papanicolau e exame pélvico: devem ser feitos anualmente a partir dos 18 anos, ou antes, caso já tenha mantido relações sexuais.

– Ultrassom pélvico/transvaginal: solicitado sempre que o médico ginecologista achar necessário. Pode ser realizado por via transvaginal, quando a mulher já teve relação sexual ou via abdominal para mulheres virgens.

– Autoexame de mama: é importante realizá-lo mensalmente após o período da menstruação. Mesmo que não menstrue regularmente, é importante realizá-lo com a mesma periodicidade. Se notar nódulos ou se houver secreção ao apertar os mamilos, procure imediatamente um médico.

30 e 40 anos

Nessa fase, além do check-up regular, a mulher deve ter cuidado especial com o sistema reprodutivo, pois é nesse período que aumenta a incidência de câncer de mama e de colo de útero.

– Mamografia: deve ser feita pela primeira vez aos 35 anos e repeti-la anualmente. Caso haja histórico de câncer de mama na família (mãe e avó), é necessário realizar o exame logo após os 30 anos.

40 aos 50 anos

Nessa fase, especial atenção à osteoporose.

– Densitometria óssea: como nessa faixa etária a osteoporose é uma das doenças mais comuns, esse exame deve ser feito pela primeira vez entre 40 e 45 anos e repeti-lo anualmente se apresentar algum grau de perda de massa óssea. Se o resultado for normal, deve ser feito a cada dois anos.

– Papanicolau e exame pélvico: Caso esteja entrando na menopausa ou se trata – ou tratou – de câncer de colo uterino, deve realizar esses exames quatro vezes por ano.

– Raio-X do tórax: Para as fumantes, é recomendado que faça exame a partir dos 40 anos, anualmente.

– Testes de perfil hormonal: Após o início do climatério – irregularidade que antecede à menopausa – pode ser recomendado que seja feito um perfil hormonal, através do exame de sangue coletado junto com os demais da rotina habitual.

Acima dos 50 anos

A partir dessa idade, os exames devem ser anuais ou semestrais, de acordo com os resultados ou estado clínico da mulher. É importante visitar o ginecologista a cada seis meses, principalmente, se realiza terapia hormonal.

Diabéticas

Além dos exames de rotina, é fundamental se atentar a outros fatores como contagem de glicemia (duas vezes ao ano), controle de peso e exame de fundo do olho para analisar o grau de comprometimento das artérias.

Situações especiais

Em algumas situações, são necessários exames diferenciados para investigações mais apropriadas caso a caso. Como exemplo, podemos citar: USG transvaginal com preparo intestinal e ressonância nuclear magnética para pesquisa e análise de endometriose profunda; estudo urodinâmico para investigação de distúrbios da micção, como perda de urina aos esforços; mamotomia e core biopsy para suspeita de patologia mamária maligna.

 

Fonte: Hospital Samaritano de São Paulo

A importância da Relação Médico-Paciente

Quando nos reportarmos a um passado não muito distante, lembramos como era habitual a existência de uma relação muito forte entre o médico, o paciente e seus familiares. Aquele médico da família, que acompanhava todos os seus integrantes ao longo da vida, não existe mais. Ou restam pouquíssimos. E infelizmente, depois do avanço da tecnologia, alguns passaram a admitir que o computador e a ressonância magnética, por exemplo, desempenham papel mais importante do que a atuação do médico. Qual a necessidade de conversar com o paciente quando é possível colocá-lo dentro de uma máquina e enxergá-lo por dentro?

Não podemos nos esquecer de que a ressonância magnética não é capaz de indicar, por exemplo, as condições sociais e culturais do doente. Não é capaz de diagnosticar tudo o que acontece com ele. Cito como exemplo casos de síndrome do pânico: o indivíduo geralmente reporta um quadro de doença instalada e profundo mal estar, mas os exames não indicam nenhuma anormalidade. Nesse caso, o bom diagnóstico é feito apenas pela anamnese e através da relação entre o médico e o paciente.

A tecnologia avançada, a despeito dos seus benefícios, acabou colaborando para o esfriamento dessa importante interação. E por acreditar profundamente nisso, tenho pessoalmente procurado trazer à baila a discussão desse tema em congressos e campanhas no âmbito do associativismo e da academia.

A busca pela valorização do envolvimento entre o médico e o paciente trouxe também para a superfície o debate sobre a importância do humanismo na prática médica. Acima de qualquer atitude, o médico precisa focar menos na doença, na tomografia, na ressonância magnética e mais no doente, que é a razão da sua existência profissional. Nesses tempos de grande avanço econômico e tecnológico, nada substitui o tratamento humanizado e nada é mais importante do que a Medicina à beira do leito.

A relação médico-paciente é uma interação que envolve confiança e responsabilidade. Caracteriza-se pelos compromissos e deveres de ambos os atores, permeados pela sinceridade e pelo amor. Sem essa interação verdadeira, não existe Medicina. Trata-se de uma relação humana que, como qualquer uma do gênero, não está livre das complicações. Muitas vezes o indivíduo que está doente já procurou diversos profissionais que, em inúmeros casos, sequer olharam em seu rosto. É uma das dificuldades que precisam ser enfrentadas no momento da abordagem inicial.

A Medicina não é apenas ciência. É também arte. Frequentemente o paciente chega ao consultório do médico e não consegue dimensionar o quanto aquele momento é importante na sua vida. Sai do escritório correndo, muitas vezes esquece o que precisa dizer ao médico, chega nervoso porque precisa voltar ao trabalho. Isso é bastante comum, principalmente no Sistema Único de Saúde. Aí o problema se torna mais complicado ainda, porque cada consulta não passa de 15 minutos. Às vezes não há sequer cadeira para o doente sentar.

Nossa obrigação, enquanto médicos, é estabelecer uma interação com o paciente, não importa sua classe, cor ou credo. Esse profissional precisa estar pronto para enfrentar as adversidades, quando o paciente contesta. E ele está exercendo seu direito. Também há situações em que o doente chega acompanhado de uma terceira pessoa que adquire papel de intermediária e, por conseguinte, interfere na relação médico-paciente. Ainda em outro momento, o paciente chega visivelmente aborrecido, com as mãos geladas, nervoso, porque já aguarda na sala de espera há algum tempo. Com tantas dificuldades, como o médico faz para criar um ambiente agradável e propício para receber o doente e interagir com ele? Sem esse contato, não é possível estabelecer um diálogo e desenvolver uma anamnese adequada. Precisamos nos lembrar de que 70% de todos os diagnósticos são advindos da anamnese.

Qual seria, então, a melhor maneira para permitir a fluidez dessa relação médico-paciente? No meu consultório, uma das estratégias é buscar aproximação através de temas do cotidiano, como o futebol. Conversas sobre a profissão também ajudam a relaxar o doente. Após cerca de 15 minutos, ele está totalmente tranquilo, o que se percebe pela respiração mais lenta e mudança no semblante. Esse é o momento ideal para o início da anamnese. O que é necessário é desarmar o paciente quando ele se encontra agressivo, cansado, com medo ou simplesmente desacreditado por já ter procurado diversos profissionais que não souberam ouvi-lo e respeitá-lo.

É tempo de recuperar nossas raízes, de resgatar o bom e velho médico e suas principais qualidades, sem, é claro, abrir mão de toda a modernidade a que temos direito. O resgate da humanização tão bem inserida naquele contexto de antigamente, deve pautar sempre a prática da Medicina, com principal objetivo de oferecer assistência digna e de qualidade à população.

Para ser médico, é preciso gostar de gente. Saber que não existem doenças e sim, doentes. Exercer essa profissão é colocar em prática o amor ao próximo. O doente deve morrer de mãos dadas com o seu médico e este necessita de tranquilidade e ferramentas ideais para um atendimento no qual possa oferecer o melhor do seu conhecimento, toda a sua atenção e, principalmente, todo o seu respeito. Ele precisa de tempo suficiente para conhecer o paciente, descobrir suas queixas, averiguar seu passado, seus anseios e angústias, e fazer com que saia aliviado, com perspectiva de ter seu problema solucionado. Dar e receber assistência médica de qualidade e universal, mais do que um anseio, é um direito de todos.

fonte: https://www.sbcm.org.br/v2/index.php/artigos/2526-a-importancia-da-relacao-medico-paciente